Netanyahu admite "progresso" na libertação de reféns em Gaza

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, confirmou nesta terça-feira (21/11) que houve progressos nas negociações com o grupo terrorista Hamas sobre a libertação de reféns israelenses detidos em Gaza.

"Estamos fazendo progressos. Não creio que seja útil falar muito (...), mas espero que haja boas notícias em breve", afirmou.

A declaração de Netanyahu veio horas depois de o Catar, que participa das negociações como mediador juntamente com Estados Unidos e Egito, afirmar que um acordo "estaria muito próximo".

Pouco depois da declaração do primeiro-ministro, a equipe de Netanyahu anunciou uma série de reuniões dos gabinetes político e de segurança, de guerra e de governo, "tendo em vista os desenvolvimentos relativos à libertação dos reféns".

De acordo com o Catar, os reféns seriam libertos em troca de um cessar-fogo no território palestino onde o Exército israelense continua sua ofensiva contra o Hamas. Netanyahu, porém, não mencionou a possibilidade de um cessar-fogo como contrapartida.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Catar, Majed al Ansari, disse durante uma entrevista coletiva que "o acordo entre Hamas e Israel para a troca dos reféns está próximo, apenas alguns detalhes logísticos e não essenciais ainda precisam ser resolvidos".

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Termos ainda incertos

Os termos do possível acordo ainda não estão claros. Fontes egípcias disseram à agência de notícias EFE que ele incluiria um cessar-fogo temporário de cinco dias, durante o qual 50 reféns mantidos pelo Hamas seriam libertos em troca de 300 prisioneiros palestinos em Israel. Os libertos seriam crianças e mulheres e a soltura seria feita em etapas.

Os Estados Unidos, por outro lado, informaram que o acordo prevê que o Hamas liberte 50 mulheres e crianças, incluindo alguns estrangeiros, enquanto Israel libertaria 150 prisioneiros palestinos, a maioria mulheres e menores, durante um cessar-fogo temporário de quatro dias.

O Hamas fez cerca de 240 reféns, incluindo crianças e idosos, durante o ataque a Israel em 7 de outubro, que matou 1.200 pessoas, segundo a contagem de Israel.

le (EFE, Lusa, Reuters)